segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Sangue

Não, não vou desistir.
Não, não vou parar.
O sangue que corre aqui,
Nessas veias,
É vermelho,
É guerrilheiro,
É sangue.

E a burguesia
Pode esperar.
Um dia eles
até podem ter
Todo o meu sangue.
Mas nunca, nunca
vou parar.

O que eu penso
Não morre.
O que eu penso
Não acaba.
Se meu sangue
Alguem beber
De minhas ideias
Alguém beberá

E no testamento
Vai constar
Que para burguesia
Deixarei meu sangue
Sangue que será
Apenas mais capital.

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domingo, 23 de agosto de 2009

Elas não são todas.

Para todas um sonho
Para elas um pesadelo
Perfeição é seu nome
Ilusão seu sobrenome

Para todas um cordeiro
Para elas um lobo
Facil de amar
Dificil de desacreditar

Para todas um principe
Para elas um sapo
Cara de santo
Amigo do diabo

E no final, é só uma criança.

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terça-feira, 11 de agosto de 2009

O que mata

A doença não mata.
A fome não mata.
A violência não mata
A mídia sensacionalista não mata.

O descaso do poder público não mata.
O ódio não mata.
O terror não mata.

A estupidez mata.
O egocentrismo mata.

O nosso comodismo mata.

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