domingo, 28 de setembro de 2008

"Mas é preciso ter força É preciso ter raça É preciso ter gana sempre "

De nada me vale lutar se eu não acredito.
De nada me vale debater se não estou convencido.
De nada vale viver se não sobrevivo.
Não adianta esperar que façam, afinal, nunca fizeram não será dessa vez.
Não adianta deixar acontecer, pois só aconteceu quando alguém fez.
Não adianta só taca pedra, assim nem teremos a chance do talvez.
Vamos lutar.
Vamos amar.
Vamos acreditar.

"Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida"

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sábado, 27 de setembro de 2008

"Há tempos nem os anjos tem ao certo a medida da maldade"


O título já diz tudo. Já faz tempo que poderíamos ter idéia o que era bondade ou maldade. Já diz o ditado: "De boas intenções o inferno está cheio".

Então, eu pergunto: Mal é aquela criança de 12 anos que não tem o que comer em casa, que é discriminada por ter nascido e morar na favela, por sua cor, pela sua educação ou no caso, falta dela e que carregava um fuzil ak-47? Ou então, mal é aquele policial que recebe uma miséria e trabalha em condições horríveis, vive entre a vida e a morte, e meteu um tiro no meio da testa daquela criança?

Com certeza você terá um opinião. Alguns logo dirão que o culpado é o menino. Outros, eloqüentemente falarão da falta de humanidade da policia, principalmente a carioca.

Eu irei falar a vocês da falta de humanidade da sociedade que vivemos. Sim, sociedade. É ela que faz com que nossas crianças sejam engolidas por um sonho suicida, o tráfico de drogas. É ela que faz com que governos sucateiem educação, saúde, segurança.

E infelizmente você faz parte dessa sociedade, e assim como eu, tem uma parcela de culpa nisso. Eu to tentando mudar isso, tentando fazer a minha parte.

E você? Já parou pra pensa nisso?


Retirado de: blog do Movimento Mudança Nova Iguaçu

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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

A árvore dos seus sonhos




Em vários momentos foi falado da ligação das pessoas com as árvores. Mas em particular a história a seguir é de se emocionar. Poucas vezes se tem uma ligação como essa, de sonho, de dedicação, de ligação. É quase que uma ligação maternal.

Você, provavelmente, teve o sonho de ser jogador de futebol ou de ser modelo. Quem sabe de ser médico ou advogado. Talvez até de casar e ter filhos ou de ser um surfista. A mãe de Camila Machado tinha o sonho de ter uma Mangueira.

E os seus sonhos comuns, como o de ter uma casa própria, eram afetados por esse sonho de ter uma Mangueira. A casa tinha que ter quintal enorme para poder abrigar sua Mangueira tão desejada. Achar a casa ideal foi fácil, difícil foi achar a muda de uma Mangueira. A mãe de Camila correu o Km 32, bairro de Nova Iguaçu, inteiro atrás de uma muda. Para sua felicidade apareceu uma vizinha com uma Mangueira, fazendo com que a mãe de Camila ficasse ansiosa para pedir uma muda, mas infelizmente, ela tinha vergonha. Mais a vontade de realizar seu sonho era maior e numa explosão de coragem ela pediu a senhora uma muda e essa senhora tão generosa lhe deu três mudas de Mangueira. Seu sonho começava a se realizar.

Mas ainda havia muito caminho pela frente. As mudas era o começo de seu sonho. Ela queria vê-las crescer e dar muitas mangas. Mas para isso era preciso que elas sobrevivessem aos constantes ataques dos cabritos que comiam as folhas das mudas. Mas a mãe de Camila sempre dedicada cuidou para que elas não morressem.

Com tanta dedicação colocada a Mangueira cresceu e teve muitos, mas muitos frutos deliciosos. Como efeito colateral dessa dedicação, desse empenho, desse amor, veio o ciúme. Era Deus no céu e aquela Mangueira na Terra. Ninguém podia chegar perto dá Mangueira que a Mãe de Camila assim como a leoa protege seus filhotes ela protegia a Mangueira.

Porém, o tempo foi passando, a Mangueira crescendo e a mãe de Camila percebeu que a Mangueira já não era mais a mesma. Os frutos já não tinham aquele sabor maravilhoso, a Mangueira já não podia desfrutar de sua juventude. Estava velha. E aquilo afetou a Mãe da Camila. Ver seu sonho morrer era demais pra ela. Sua árvore estava envelhecendo, morrendo. O que fazer? Nada. E assim como nossos entes queridos são tirados de nós aquela árvore foi arrancada do quintal da Mãe da Camila. Ela chorou, chorou muito, afinal, era o seu sonho que estava sendo arrancado e que a tanto fez feliz enquanto durou.

Hoje já faz três anos da morte de sua Mangueira e a Mãe de Camila ainda sente a falta dela. Ás vezes é possível pega-la triste pensando nos bons momentos com sua árvore. A Mãe de Camila viu sua Mangueira, seu sonho, nascer, crescer e morrer.

Feliz seríamos se todos nós amássemos uma árvore como a Mãe de Camila amou sua Mangueira.

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