domingo, 21 de dezembro de 2008

L x L = L² x10²³

Por Luiz Felipe Garcez

Eu definitivamente não sou.
Seria mais correto dizer que estou.
Afinal, não sou daqui, não sou de lá.
Eu estou aonde o vento me levar.

Não tenho dono, não tenho escravo.
Não tenho beijo certo, não tenho abraço.
Não sou o genro que sua mãe queria.
Eu sou um misto de desastre e ironia.

Ninguém me direciona, ninguém me guia,
Eu sei que um dia tu me abandonaria.
Porque eu não sou, eu estou.
E se ontem você me amou,
Lembrará que só odiou.

Odiou eu não ser.
Odiou o meu não querer.
Odiou.
Odiou...
Amou como se nunca mais fosse amar.

7 comentários:

Aline Marques disse...

Muito bom escritor.
Beijos!!

Rubra disse...

achei sincero, achei intenso o final, achei que ficou muito bom!

Unknown disse...

Boa poesia

????????????????? disse...

E amor e ódio são assim,
seguem, sem destino,
seguem, por seguirem,
um vira o outro,
o outro vira um,
cada dia uma coisa,
cada m~es, coisa nenhuma.

Anônimo disse...

"Amou como se nunca mais fosse amar"

intenso e verdadeiro o final.
verdadeiro.

Anônimo disse...

"Eu sou um misto de desastre e ironia.
Ninguém me direciona, ninguém me guia,
Eu sei que um dia tu me abandonaria.
Porque eu não sou, eu estou.
E se ontem você me amou,
Lembrará que só odiou"


Caramba,
Esse é triste, mas é lindo!
um "desastre irônico"

Parabéns!
São Lindos!

Unknown disse...

Desse seu surgiu um meu.
Verdadeiro!