segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Sangue

Não, não vou desistir.
Não, não vou parar.
O sangue que corre aqui,
Nessas veias,
É vermelho,
É guerrilheiro,
É sangue.

E a burguesia
Pode esperar.
Um dia eles
até podem ter
Todo o meu sangue.
Mas nunca, nunca
vou parar.

O que eu penso
Não morre.
O que eu penso
Não acaba.
Se meu sangue
Alguem beber
De minhas ideias
Alguém beberá

E no testamento
Vai constar
Que para burguesia
Deixarei meu sangue
Sangue que será
Apenas mais capital.

Um comentário:

Natália Cindra disse...

Muito, muito bom!
Me lembra Brecht...
Beijos!